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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Tema da Semana da Vida 2012


Semana da Vida
13 a 20 de Maio de 2012


TEMA:
COMPROMETIDOS COM A VIDA




Da Carta Encíclica O Evangelho da Vida:

A Igreja recebeu o Evangelho como anúncio e fonte de alegria e salvação. Recebeu-o como dom de Jesus, que foi enviado pelo Pai “Para anunciar a boa nova aos pobres” (Lc 4,19). Recebeu-o através dos Apóstolos, que o Mestre enviou pelo mundo inteiro (Mt 28,19-20). Por isso a Igreja ouve permanentemente aquela palavra de incitamento apostólico “Ai de mim se não evangelizar” (I Cor 9,16). A Evangelização constitui a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar.
A evangelização compreende indivisivelmente o anúncio, a celebração e o serviço da caridade. É um acto profundamente eclesial que compromete todos os operários do Evangelho. É disto que se trata quando se anuncia o Evangelho da Vida, dom que recebemos para ser proclamado a toda a humanidade. Daí a nossa consciência de sermos o povo da vida e pela vida.
Neste sentido, somos enviados como povo: o compromisso de servir a vida incumbe a todos e cada um: exige a acção concertada e generosa de todos os membros e estruturas da comunidade cristã, mas não elimina nem diminui a responsabilidade de cada pessoa “se fazer próximo” de todo o homem: “Vai e faz o mesmo” (Lc 10,37).
“O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos” (I Jo 1,3).
O próprio anúncio de Jesus é anúncio da vida. “N’Ele, a vida manifestou-se” (I Jo 1,2), Ele é “a vida eterna que estava no Pai e nos foi manifestada” (I Jo 1,2). A vida terrena de cada um adquire o seu sentido pleno. Importa, por isso, que a vida humana, dom precioso de Deus, seja considerada sagrada e inviolável.
Enviados ao mundo como “povo pela vida”, o nosso anúncio deve tornar-se uma verdadeira celebração do Evangelho da Vida.
Esta celebração exige, antes de mais, cultivar em nós e nos outros um olhar contemplativo que nasce da fé no Deus da vida, que criou cada homem fazendo dele um prodígio, (Sal 139/138,14). É o olhar de quem observa a vida em toda a sua profundidade e reconhece nela as dimensões de beleza, generosidade, apelo à liberdade e à responsabilidade, o olhar que acolhe a realidade como um dom, descobre em todas as coisas o reflexo do Criador e em cada pessoa a sua imagem viva.
Celebrar o Evangelho da vida significa celebrar o Deus da vida, o Deus que dá a vida.
Somos, assim, chamados a descobrir e a exprimir assombro e gratidão pela vida recebida como dom, e a acolher, saborear e comunicar o Evangelho da vida, não só através da oração pessoal e comunitária, mas nas celebrações do ano litúrgico e, de modo particular, nos Sacramentos, que tornam os homens participantes da vida divina.
A celebração da Semana da Vida, com o objectivo de suscitar nas consciências, nas famílias, na Igreja e na sociedade, o reconhecimento do sentido e valor da vida humana em todos os seus momentos e condições, constitui igualmente uma forma de evangelização.
Mas a celebração do Evangelho da vida requer a sua concretização sobretudo na existência quotidiana, vivida no amor pelos outros e na doação de si próprio. É o que sucede já com tantos e tantos gestos de doação, frequentemente humilde e escondida, cumpridos por homens e mulheres, crianças e adultos, jovens e idosos, sãos e doentes. É neste contexto, rico de humanidade e amor, que nascem também os gestos heróicos.
Em virtude da participação na missão real de Cristo, o apoio e a promoção da vida humana devem cumprir-se através do serviço da caridade. Trata-se, na hora actual, de uma exigência sobremaneira premente.

No serviço da caridade há uma atitude que nos há-de animar e caracterizar: devemos cuidar do outro enquanto pessoa confiada por Deus à nossa responsabilidade, reservando uma preferência especial por quem vive mais pobre, sozinho e necessitado: “Sempre que o fizestes a um destes irmãos mais pequeninos, foi a Mim que o fizestes” (Mt 25,40).
No seio do “povo da vida e pela vida” resulta decisiva a responsabilidade da família, que brota da sua própria natureza – comunidade de vida e de amor, fundada sobre o matrimónio – e da sua missão que é “guardar, revelar e comunicar o amor”(FC 17).
É o amor que se faz generosidade, acolhimento, doação: na família, cada um é reconhecido, respeitado e honrado porque é pessoa, e, se alguém está mais necessitado, maior e mais diligente é o cuidado por ele.
A família cumpre a sua missão de anunciar o Evangelho da vida, principalmente através da educação dos filhos. Pela palavra e pelo exemplo, no relacionamento mútuo e nas opções quotidianas, e mediante gestos e sinais concretos, os pais iniciam os seus filhos na liberdade autêntica, que se realiza no dom sincero de si, e cultivam neles o respeito do outro, o sentido da justiça, o acolhimento cordial, o diálogo, o serviço generoso, a solidariedade e os demais valores que ajudam a viver a existência como um dom.
A família celebra o Evangelho da vida com a oração diária, pessoal e familiar, pela qual agradece e louva o Senhor e invoca a luz e a força para enfrentar os momentos de dificuldade e sofrimento sem nunca perder a esperança. Mas a celebração que dá significado a qualquer outra forma de oração é a que se exprime na existência quotidiana da família, quando esta existência é feita de amor e doação.
A celebração transforma-se, assim, num serviço ao Evangelho da vida, que se exprime através da solidariedade vivida no seio e ao redor da família.
As famílias, quer cada uma por si quer associadas, podem e devem, portanto, dedicar-se a obras de serviço social, especialmente em prol dos pobres e em todo o caso daqueles que não são atingidos pelas estruturas de previdência e assistência.
O contributo da família tem uma originalidade própria, que pode ser conhecida melhor e mais decisivamente favorecida à medida que os filhos crescem, empenhando quanto possível todos os outros membros.
Em particular, é de realçar a importância cada vez maior que, na nossa sociedade, assume a hospitalidade em todas as suas formas, desde o abrir as portas das próprias casas e do coração ao pedido dos irmãos, ao empenho concreto de assegurar a cada família a sua casa: “Exercei a hospitalidade com solicitude” (Rm 12,13).
O dever social das famílias é chamado ainda a exprimir-se sob a forma de intervenção política, antes de mais empenhando-se em apoiar e defender positivamente os seus direitos e deveres, crescendo na consciência de que são protagonistas da transformação da sociedade.
A família cristã é chamada a tomar parte viva e responsável na missão da Igreja de modo próprio e original, colocando-se ao serviço da Igreja e da sociedade no seu ser e agir, enquanto comunidade íntima de vida e de amor.
E, uma vez que a família cristã é comunidade cujos laços são renovados por Cristo mediante a fé e os sacramentos, a sua participação na missão da Igreja deve ser segundo uma modalidade comunitária: é conjuntamente que os esposos enquanto casal e os pais e os filhos enquanto família devem viver o seu serviço à Igreja e ao mundo.
O Concílio Vaticano II, de que se comemoram os 50 anos, escreve: “Cada família comunicará generosamente com as outras as suas próprias riquezas espirituais. Nascida de um matrimónio que é imagem e participação da aliança de amor entre Cristo e a Igreja, manifestará a todos a presença viva do Salvador no mundo e a autêntica natureza da Igreja, quer por meio do amor dos esposos, quer pela sua generosa fecundidade, unidade e fidelidade, quer pela amável cooperação entre todos os seus membros” (GS 48).
“Comportai-vos como filhos da luz… Procurai o que é agradável ao Senhor e não participeis das obras infrutuosas das trevas” (Ef 5,8.10-11). No contexto social de hoje, marcado por uma luta dramática entre a “cultura da vida” e a “cultura da morte”, importa desenvolver um forte sentido crítico, capaz de discernir os verdadeiros valores e as autênticas exigências.


Urge uma mobilização geral das consciências e um esforço ético em comum, para se pôr em prática uma grande estratégia a favor da vida. Todos juntos devemos construir uma nova cultura da vida: nova, porque em condições de enfrentar os problemas inéditos de hoje; nova, porque assumida com convicção mais firme e laboriosa por todos os cristãos; nova, porque capaz de suscitar um sério e corajoso confronto cultural com todos. A urgência desta viragem cultural está ligada à situação histórica que estamos a atravessar, mas radica sobretudo na própria missão evangelizadora confiada à Igreja. Como o fermento que leveda toda a massa a partir de dentro, trata-se de penetrar todas as culturas e animá-las para que exprimam a verdade integral sobre o homem e a sua vida.
Tem-se de começar por renovar a cultura da vida no seio das próprias comunidades cristãs. Muitas vezes os crentes, até mesmo os que participam activamente na vida eclesial, caem numa espécie de dissociação entre a fé cristã e as suas exigências éticas a propósito da vida, chegando assim ao subjectivismo moral e a certos comportamentos inaceitáveis. Devemos, pois, interrogar-nos, com grande lucidez e coragem, acerca da cultura da vida que reina hoje entre os indivíduos cristãos, as famílias, os grupos e as comunidades das nossas Dioceses.
O primeiro e fundamental passo para realizar esta viragem cultural consiste na formação da consciência moral. Importa descobrir o nexo indivisível entre vida e liberdade enquanto bens inseparáveis e o laço constitutivo que une a liberdade à verdade.
À formação da consciência está estritamente ligada a obra educativa que ajuda o homem a ser cada vez mais homem, o introduz sempre mais profundamente na verdade, o orienta para um crescente respeito pela vida, o forma nas justas relações entre as pessoas.
De modo particular, é necessário educar para o valor da vida a partir das suas próprias raízes. É uma ilusão pensar que se pode construir uma verdadeira cultura da vida humana, se não se ajudam os jovens a compreender e a viver a sexualidade, o amor e a existência inteira no seu significado verdadeiro e na sua íntima correlação.
A viragem cultural que se deseja exige de todos a coragem de assumir um novo estilo de vida que se exprime colocando no fundamento das decisões concretas uma justa escala de valores: o primado do ser sobre o ter, da pessoa sobre as coisas; implica a passagem da indiferença ao interesse pelo outro, a passagem da recusa ao seu acolhimento.
Na mobilização por uma nova cultura da vida, que ninguém se sinta excluído: todos têm um importante papel a desempenhar.
No mistério do nascimento de Jesus realiza-se o encontro de Deus com o homem e tem início o caminho do Filho de Deus sobre a Terra, caminho que culminou com o dom da vida na Cruz: com a sua morte, Ele vencerá a morte e tornar-Se-á para a humanidade princípio de vida nova.
Que esteve a acolher a “vida” em nome e proveito de todos foi Maria. Através do acolhimento e carinho que Ela prestou à vida do Verbo feito carne, a vida do homem foi salva da condenação à morte definitiva e eterna.
Por isso, Maria é a mãe de todos os que nascem para a vida. Ela é verdadeiramente a Mãe da Vida que faz viver todos os homens.
A anunciação do Anjo a Maria está inserida no meio de expressões tranquilizadoras; “Não tenhas receio, Maria”, “Nada é impossível a Deus” (Lc 1,30.7). Na verdade, toda a existência da Virgem Mãe está envolvida pela certeza de que Deus está com ela e a acompanha com a sua benevolência providente. O mesmo se passa com a Igreja.
Como povo peregrino, povo da vida e pela vida, enquanto caminhamos confiantes para “um novo céu e uma nova terra” (Ap 21,1), voltamos o olhar para Aquela que é para nós “sinal de esperança segura e consolação”.


Semana da vida 2012

sexta-feira, 9 de março de 2012

A ponte



Um excelente filme que nos leva a pensar nesta quaresma!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Sobre os rios da Babilónia




Sobre os rios da Babilónia nos sentámos a chorar
com saudades de Sião.

Nos salgueiros das suas margens,
dependurámos nossas harpas.

Aqueles que nos levaram cativos
queriam ouvir os nossos cânticos;

e os nossos opressores, uma canção de alegria:
«Cantai-nos um cântico de Sião.»

Como poderíamos nós cantar um cântico do SENHOR,
em terra estranha?

Se eu me esquecer de ti, Jerusalém,
esquecida fique a minha mão direita!

Apegue-se-me a língua ao paladar,
se eu não me lembrar de ti,

se não fizer de Jerusalém
a maior das minhas alegrias!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A BÍBLIA E O TELEMÓVEL

Já imaginaste o que aconteceria se tratássemos a nossa Bíblia da mesma forma que tratamos o nosso telemóvel?
E se carregássemos sempre a nossa Bíblia no bolso ou na bolsa?
E se déssemos uma olhadela nela várias vezes ao dia?
E se voltássemos para buscá-la quando a esquecemos em casa ou no escritório?
E se a usássemos para enviar mensagens aos nossos amigos?
E se a tratássemos como se não pudéssemos viver sem ela?
E se a déssemos de presente às crianças?
E se a usássemos quando viajamos?
E se lançássemos mão dela em caso de emergência?

Ao contrário do telemóvel, a Bíblia não fica sem sinal.
Ela “liga” em qualquer lugar.
Não é preciso estar preocupado com a falta de saldo, porque Jesus já pagou a conta e os créditos não têm fim.
E o melhor de tudo: não cai a ligação e a carga da bateria é para toda a vida.

TELEFONES DE EMERGÊNCIA
Quando estiveres triste, liga Jo 14 (João capítulo 14)
Quando as pessoas falarem de ti, liga: Salmo 27
Quando estiveres nervoso, liga: Salmo 51
Quando estiveres preocupado, liga: Mt 6: 19,34 (Mateus capítulo 6: versículos 19, 34)
Quando estiveres em perigo, liga: Salmo 91.
Quando Deus parecer distante, liga: Salmo 63.
Quando a tua Fé precisar de ser reavivada, liga: Hebreus 11
Quando estiveres só e com medo, liga: Salmo 23
Quando fores áspero e crítico, liga: 1 Coríntios 13
Para saber o segredo da felicidade, liga: Colossenses 3, 12-1
Quando te sentires triste e sozinho, liga: Romanos 8, 31-39
Quando necessitares de paz e descanso, liga: Mateus 11, 25-30
Quando o mundo te parecer maior que Deus, liga: Salmo 90

In Revista Mensal do Apostolado da Oração “CRUZADA”, Janeiro 2009

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